1. |
Nem Tudo
03:05
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Nem Tudo
(Melchior Melo)
Nem tudo são flores
Quanto menos amores
Pois tantos tentaram
E poucos alcançaram
Nem tudo foi esperança
Impossível sua perseverança
A sorte que nem tudo foi ruim
Mas dessa vez sem um final feliz
Nem tudo é o que pensamos
A perfeição enxergam tantos
Uma utopia desprovida
Da realidade nem tão escondida
Segue a vida
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2. |
Marcha
03:50
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Marcha
(Melchior Melo)
Mentes vazias e ideias compostas
Trazem problemas para o mundo inteiro
Sentimentos completos, nenhuma resposta
Trazem consigo desgoverno
E nada que eu mostre
Recebe a devida atenção
Tudo está abaixo de vocês
Bombardeios constantes e inventar histórias
Confundem as mentes mais certeiras
Que se perdem no meio de tanta derrota
Põe em dúvida qualquer empenho
E nada que eu tente
Pode vencer o seu desejo
Tudo está abaixo de vocês
Usam as cabeças da gente
que sonham em promessas
Cuspidas e forjadas na mente
de quem só se enxerga
E não importa a vida pequena
aqui só se governa
Pra garantir o mesmo sistema
Com poder
Segue na rua a massa de manobra
Refletindo-lhes como um espelho
Princípios fracos, ausência de foco
Seguem sem receio
Nada mais que aconteça
Pode ferir a ponto que estremeça
Nada vale abaixo de vocês
Usam as cabeças da gente
que sonham em promessas
Cuspidas e forjadas na mente
de quem só se enxerga
E não importa a vida pequena
aqui só se governa
Pra garantir o mesmo sistema
Com poder
E não importa a vida pequena
aqui só se governa
Pra garantir o mesmo sistema
Com poder
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3. |
Pagamento Finito
04:38
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Pagamento Finito
(Gustavo Glaser)
Minha medida está perto do zero
Busco um enxerto enquanto te espero
Não sei se enxergo longe mas eu sei
O quanto penso, o passo que eu darei
Pra esquerda vejo o que tem
E serro a boca pra nao gerar
Um estrondo baque no além
E nos meus olhos a se mostrar
Um horizonte curvo
Sem um montante pra se apoiar
Nas cores do projeto
Rebuscadas e abertas, meu alfabeto
De como penso agora
Como penso se tudo acabar
Me contive cheio
Sem a tolice aparar
Me sinto com vontade
Em meio a tempestade
Logo pego a minha mão
A sua, e a de quem ver confusão
E tudo que mexo parece me parar
Vou arrebentar o barco que me ofuscar
E tudo parece fingir não me enxergar
Não sei por onde nado nesse monte de estranhos a pagar
Mar
Cheio de santos
Ár
Impuro nos cantos
Agora olho além
De onde eu estava
Agora vejo o que tem
E o que não precisava
Pego então minha mão
Sinto seu braço de cá
Querendo meu afeto
Só que não sei mais não negar
Sinto tudo perto
Contorno em meio aos astros
Com o apoio esperto
Nesses escombros a me espreitar
E tudo que mexo parece me parar
Vou arrebentar o barco que me ofuscar
E tudo parece fingir não me enxergar
Não sei por onde nado nesse monte de estranhos a pagar
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4. |
Negativas
03:29
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Negativas
(Melchior Melo)
Quem não se entende não importa
com o olhar de quem não tem
Quem não reflete só destrói
a esperança de alguém
E só se atém ao bolso próprio
e fecha a cara para o bem
Virando o rosto toda hora
que lhe pedem um vintém
Mas diz que faz muito ao próximo
e que ajuda um alguém
Mentira pronta descabida
pra aumentar o ego que tem
E agradar sociedade essa
que a ninguém provém
o berço para construir
um justo digno viver
E não se quer e não se vê
Quem não se amarra à amargura
e ao rancor de quem já tem
a vida pronta e toda entregue
por outrem que já a fez
Agrada a graça das manhãs
que se discorrem ao trazer
Um novo dia acreditar
em acordar uma outra vez
Mas não se pode esperar
do terno ou paletó que tem
a lábia pronta de enganar
e afirmar ano que vem
Pois a sujeira rola solta
e não se sabe de ninguém
É construir algo da gente
pra lá dentro resolver
E a responsa é de quem?
Só negativas de vocês
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5. |
Tempestade
03:43
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Tempestade
(Melchior Melo)
A chuva arde forte no meu peito
que está cansado de arder
Feito machucado ralo que não faz sangrar
Tudo vai estagnando aos poucos
sem entender qual a razão
Sigo em frente ignorando as gotas pelo chão
Me perco em pensamentos,
tempestade vejo se aproximar
Dias, noites, céu escuro
Em prantos sinto começar
A tempestade jorra todo o assombro
sobre a trilha a andar
Sopra longe o anseio de poder retomar
E ela joga sujo, joga baixo
E me joga pelo chão
No caminho meio andado
Preso feito um cão
E preso em pensamentos,
tempestade vejo se agravar
Meses, anos céu escuro
Em prantos, segue sem cessar
A tempestade jorra todo o assombro
sobre a trilha a andar
Sopra longe o anseio de poder retomar
Caio me levanto, sigo em frente
Vejo o tempo acalmar
Mas no horizonte, o céu escuro
Um dia vou voltar
Me perco em pensamentos,
tempestade vejo retomar
Dias, noites, céu escuro
Em prantos, segue sem cessar
A tempestade jorra todo o assombro
sobre a trilha a andar
Sopra longe o anseio de poder retomar
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6. |
Insônia
03:15
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Insônia
(Diogo Pozzato)
Em uma noite qualquer ela surge do tormento
Se agarra em minha mente aproveitando do momento
Eu não vou lembrar
Eu vou superar, por favor
Ela quer se alimentar evocando pensamentos
Tento em vão me livrar de todo esse sofrimento
Eu aceito a besta
Eu aceito a dor, por favor
Horas passam sem parar e eu ainda estou desperto
Espero a fome passar me destruindo por completo
Me remexo inquieto
Minha mente é um grande deserto
Sem nada a tirar deixo a consciência
sedenta de intransigência,
retornar enfim ao seu lar
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7. |
Recomeçar
05:07
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Recomeçar
(Melchior Melo)
Vejo quase nada
Sinto quase tudo
Portas Fechadas
Sem nenhum furo
Mas ouço algo fora
Desconheço a forma
Que vem a mim
Vejo algo claro
Tento sentir tudo
Busco esse achado
E largo o escuro
Só penso em ir embora
E eu deixo agora para trás
A paz
Quebro portas invento janelas
Recrio a vida mais bela
Sempre há tempo a recomeçar
Vivo em um plano
Sem um contorno
Traço novos cantos
Esboço os contornos
Só penso em ir agora
Pois eu vejo a hora
E desconheço o fim
Quebro portas invento janelas
Recrio a vida mais bela
Sempre há tempo a recomeçar
Quebro portas invento janelas
Recrio a vida mais bela
Sempre há tempo a recomeçar
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8. |
Sonho
03:26
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Sonho
(Melchior Melo)
Palavras sejam ditas
Para que meu desejo
Desperte das maravilhas
de um sonho sem segredos
Cego e tão iludido
Sem perceber os seus sinais
Mas está claro quando vejo
O seu rosto no espelho
E eu tento
atar o elo entre nós
E eu vejo
um vão abrir ao seu redor
Gasto ainda o meu tempo
Tentando entender
Como pôde meu alento
Dissipar-se sem sofrer
E sem voltar nunca mais
E eu tento
atar o elo entre nós
E eu vejo
O chão cair ao meu redor
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9. |
Medo do Fracasso
04:31
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Medo do Fracasso
(Melchior Melo)
Eu não vou me preocupar
com essas coisas que estão por perto
Eu não vou me preocupar
Com as tormentas de um regresso
Mas não vou subestimar
Meus desejos mais internos
Creio sim acho então
que a vontade vem do coração
Como se pode saber
Quando o esforço é em vão?
E não tenho mais o que falar
mas eu sei
Que a vitória vem é de nós mesmos
Não há o que duvidar
para que esquentar a cabeça?
Siga em frente
Não se pode desesperar
Com as curvas no caminho
Tão normais são os desvios
Até que se chegue lá
E se tudo desabar
Nunca é tarde para a luta
Independe de seu tempo
Mas eu vou me levantar
Como se pode saber
quando o esforço é em vão?
Não preciso lhe dizer
Você vai ver quando chegar
Que a vitória vem é de nós mesmos
Não há o que duvidar
Não precisa esquentar a cabeça
Siga em frente
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10. |
Lembranças
05:55
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Lembranças
(Melchior Melo)
Penso em apagar minhas palavras
Reconsiderar lembranças vazias, esguias
premissas, falácias autônomas incômodas
Venho retirar minha vontade
Desconsiderar meus atos, saudades
metades, pedaços, em escombros me escondo
Eu não tenho mais que lhe falar
o que eu penso, o que sinto
Eu não quero mais correr atrás
de um sonho tão vazio
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11. |
Doze
03:56
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Doze
(Melchior Melo)
Penso em correr, tento mudar
Posso sentir onde olhar
Vícios do ser, não posso negar
Tento mudar, temo afogar
Transformar sem apagar em vão
Recordar sem se afogar
Retrazer todo o seu bem
Refazer o acontecer
Recordar, transformar, aceitar
E acordar então
Então, se vão
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O Cerne MG, Brazil
An independent band from Belo Horizonte/MG, Brazil formed in 2017 by Diogo Pozzato, Gustavo Glaser, Jojo Myrrha and Melchior
Melo.
Its music is an influence mix from todays brazilian bands as Boogarins, O Terno and Ava Rocha, and also from international artist such as Artctic Monkeys, Radiohead, and Mac DeMarco. An influence from the late Brazilian Popular Music is also to be seen.
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